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Pesquisadores da Mayo Clinic identificam nova imunoterapia direcionada para o câncer de ovário

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Mayo Clinic

Pesquisadores da Mayo Clinic descobriram que um novo alvo de imunoterapia, um antígeno críptico, pode ser a chave para ajudar o sistema imunológico a combater o câncer de ovário. O estudo, publicado na Sciences Advances, pode aperfeiçoar as abordagens de tratamento para este tipo de câncer. 

O câncer de ovário, por apresentar sintomas sutis, pode passar despercebido até que se propague. Em estágios posteriores da doença, o tratamento se torna mais complicado, além das imunoterapias e dos inibidores de checkpoint que apresentam uma eficácia limitada.  

Os antígenos crípticos fazem parte de uma proteína — conhecida como epítopos — que geralmente estão ocultos ou inacessíveis ao sistema imunológico e que podem estar presentes nas células tumorais. Ao atingir esses antígenos, o sistema imunológico pode ser efetivamente mobilizado para atacar o câncer.  

"Essas descobertas destacam a necessidade de explorar fontes alternativas de antígenos-alvo para o câncer de ovário," diz a Ph.D. Marion R. Curtis,, autora sênior do estudo e imunologista no Centro Oncológico Integral da Mayo Clinic. "Descobrir antígenos associados ao tumor que as células T reconhecem é crucial para o sucesso das abordagens imunoterapêuticas no câncer de ovário, onde o crescimento das células que se formam nos ovários se multiplica rapidamente e pode invadir e destruir tecidos saudáveis do corpo." 

As células T são um componente fundamental do sistema imunológico adaptativo. A sua capacidade de reconhecer e responder a alvos específicos é fundamental para a sua função. Elas desempenham um papel crucial no desenvolvimento e tratamento do câncer e são vitais na luta do sistema imunológico contra infecções. 

Neste estudo, os pesquisadores caracterizaram antígenos tumorais gerados a partir do câncer de ovário utilizando abordagens multiômicas para determinar sua capacidade de desencadear uma resposta imunológica. O termo "multiômica" envolve o uso de múltiplas "omas" (isto é, genoma, proteoma, microbioma, epigenoma) para compreender melhor os mecanismos dos processos de doenças, de detecções, de possíveis prevenções e de terapias mais direcionadas.  

Anteriormente, os pesquisadores se concentraram na descoberta de antígenos recém-formados (neoantígenos). No entanto, um estudo anterior revelou que os neoantígenos são raramente encontrados em amostras de câncer de ovário, tornando-os alvos pouco atraentes.  

Os próximos passos envolvem testes pré-clínicos e ensaios clínicos para avaliar a segurança e a eficácia de novas imunoterapias e vacinas que têm como alvo esses antígenos crípticos. Os pesquisadores também planejam realizar estudos em maior escala para avaliar a prevalência da expressão de antígenos crípticos em diferentes tipos de tumores, possibilitando, assim, a expansão das aplicações dessa abordagem imunoterapêutica. 

Reveja o estudo para uma lista completa de autores, divulgações e financiamento.  

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