News Release

DIY Digital Archaeology – ‘Arqueologia Digital DIY Faça você mesmo’: Novos Métodos para Visualização de Pequenos Objetos e Artefatos

Peer-Reviewed Publication

Max Planck Institute of Geoanthropology

image: Workflow and computational steps for the ‘SOAP’ and ‘HRP’ Methods view more 

Credit: Jacopo Niccolò Cerasoni

A capacidade de representar visualmente artefatos, sejam inorgânicos como pedra, cerâmica e metal, ou orgânicos como osso e material vegetal, sempre foi de grande importância para o campo da antropologia e arqueologia. Para pesquisadores, educadores, estudantes e o público, a capacidade de ver o passado, e não apenas de ler sobre ele, oferece uma visão inestimável da produção de materiais culturais e das populações que os fizeram e utilizaram.

A fotografia digital é o método mais comunmente utilizado para representações visuais, mas apesar da sua rapidez e eficiência, ela frequentemente falha para representar precisamente o artefato sendo estudado. Recentemente, escaneamento 3-D surgiu como uma fonte alternativa para visualições de alta qualidade, mas o alto custo do equipamento e o tempo necessário para produzir um modelo, são muitas vezes proibitivos.

Agora, um artigo publicado na revista PLOS ONE apresenta dois novos métodos para produzir visualizações de alta resolução de pequenos artefatos, ambos realizáveis com programas e equipamentos básicos. Utilizando experiência de áreas que incluem ciência arqueológica, computação gráfica e desenvolvimento de videogames, os métodos são projetados para permitir a produção de imagens e modelos de alta qualidade com mínimo esforço e custo.

O primeiro método, ‘Small Object and Artefact Photography - SOAP’ (Fotografia de pequenos objetos e artefatos), lida com a aplicação fotográfica de técnicas digitais modernas. O protocolo orienta os usuários desde a configuração inicial do equipamento, as melhores maneiras de manuseio e funcionalidade das câmeras até o uso de programas de pós-processamento.

O segundo método, ‘High Resolution Photogrammetry – HRP’ (Fotogrametria de Alta Resolução) é utilizado para a captura fotográfica, reconstrução digital e modelagem 3D de pequenos objetos. Esse método busca oferecer um guia compreensivo para o desenvolvimento de modelos 3D de alta resolução, juntando técnicas conhecidas usadas nas áreas de pesquisa e computação gráfica, permitindo a qualquer pessoa produzir modelos quantificavéis e de alta resolução de maneira independente.

"Estes novos protocolos combinam fluxos de trabalho detalhados, concisos e de fácil utilização cobrindo a aquisição e o processamento fotográfico, contribuindo assim para a replicabilidade e reprodutibilidade de visualizações de alta qualidade", diz Jacopo Niccolò Cerasoni, autor principal do trabalho. "Ao explicar claramente cada passo do processo, incluindo considerações teóricas e práticas, estes métodos permitirão aos usuários produzir visualizações bidimensionais e tridimensionais de alta qualidade e publicáveis de seus artefatos arqueológicos de forma independente".

Os protocolos SOAP e HRP foram desenvolvidos utilizando Adobe Camera Raw, Adobe Photoshop, RawDigger, DxO Photolab e RealityCapture e aproveitam as funções e ferramentas nativas que tornam a captura e o processamento de imagens mais fácil e rápido. Embora a maioria destes softwares estejam prontamente disponíveis em ambientes acadêmicos, SOAP e HRP podem ser aplicados a qualquer outro software não baseado em assinatura com características similares. Isto permite aos pesquisadores usar softwares gratuitos ou de acesso aberto também, embora com pequenas alterações em algumas das etapas apresentadas.

Tanto o protocolo SOAP quanto o protocolo HRP estão publicados abertamente na plataforma protocolos.io.

"Como a comunicação visual é tão importante para compreender o comportamento, a tecnologia e a cultura do passado, a capacidade de representar fielmente os artefatos é vital para o campo da arqueologia", diz o co-autor Felipe do Nascimento Rodrigues.

Mesmo com novas tecnologias revolucionando o campo da arqueologia, instruções práticas sobre fotografia arqueológica e reconstruções tridimensionais estão em falta. Os autores do novo artigo esperam preencher esta lacuna, fornecendo aos pesquisadores, educadores e entusiastas instruções passo a passo para criar visualizações de alta qualidade de artefatos.


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