Uma revisão sistemática abrangente publicada hoje em Psychedelics examina o potencial terapêutico da psilocibina para o transtorno obsessivo-compulsivo e condições relacionadas, sintetizando evidências de quatro ensaios clínicos e nove investigações pré-clínicas. A análise, liderada por James J. Gattuso do Florey Institute of Neuroscience and Mental Health da Universidade de Melbourne, revela que a psilocibina produz reduções rápidas em sintomas obsessivo-compulsivos em populações clínicas e efeitos anticompulsivos sustentados em modelos animais validados. A revisão identifica padrões terapêuticos consistentes entre espécies enquanto destaca lacunas críticas de conhecimento, incluindo a necessidade de ensaios controlados por placebo de maior porte e estudos de neuroimagem mecanística. A síntese demonstra que os efeitos anticompulsivos da psilocibina podem ocorrer independentemente de suas propriedades alucinógenas, sugerindo potencial para abordagens terapêuticas não psicodélicas. Esta análise sistemática fornece a pesquisadores, clínicos e formuladores de políticas o primeiro arcabouço abrangente para compreender o papel da psilocibina no tratamento de todo o espectro de transtornos obsessivo-compulsivos e relacionados.